Monocultura é a produção ou cultura agrícola de apenas um único tipo de produto agrícola (ex: soja - está associada aos latifúndios).
A substituição da cobertura vegetal original, geralmente com várias espécies de plantas, por uma única cultura, é uma prática danosa ao solo. Por ex: numa área de cerrado podemos encontrar tamanduá, ema, e até lobo-guará, sem contar os animais menores. Quando se derruba uma grande área de cerrado e planta-se, por exemplo, soja, estes animais têm dificuldades para se alimentar, não encontram abrigos e dificilmente conseguem se reproduzir. Aqueles que sobrevivem procuram outros locais, invadindo áreas urbanas, tornando-se então presas fáceis.
Por outro lado, alguns insetos encontram na plantação de soja alimento constante e poucos predadores, desta maneira se reproduzem intensamente tornando-se pragas. Outro efeito é o esgotamento do solo: na maioria das colheitas retira-se a planta toda, interrompendo desta maneira o processo natural de reciclagem dos nutrientes . O solo torna-se empobrecido, diminui a produtividade tornando-se necessária então a aplicação de adubos.
Monocultura de Animais
Além dos vegetais, os animais também são produzidos em espécies individuais densas (monocultura), esse método garante ao agricultor uma maior administração no desenvolvimento de sua cultura, com o intuito de produzir uma taxa de produção elevada. Exemplos: animais de produção de carne e leite, bovino, frango, aves , suíno e peixes (aquacultura) dentre outros. Um beneficio é a maximização da taxa de produtiva de alimentos, porém, pelo fato de haver apenas conjuntos de especieis únicas, favorece uma maior propagação de enfermidades como: mastite e febre suína, pois os animais são domesticado em altas densidades.
Fonte: Wikipédia.
A Transgenia nada mais é do que uma evolução do melhoramento genético convencional, já que permite transferir características de interesse agronômico entre espécies diferentes. Isso quer dizer que essa tecnologia permite aos cientistas isolarem genes de microrganismos, por exemplo, e transferi-los para plantas, com o objetivo de torná-las resistentes a doenças ou mais nutritivas, entre outras inúmeras aplicações.
Transgênico é sinônimo para a expressão "Organismo Geneticamente Modificado" (OGM). É um organismo que recebeu um gene de outro organismo doador. Essa alteração no seu DNA permite que mostre uma característica que não tinha antes. Na natureza, sempre ocorreram (e ainda ocorrem) alterações ou mutações naturais.
Os genes contêm as informações que definem as características naturais dos organismos, como a cor dos olhos de uma pessoa ou o perfume de uma flor. Ao receber um ou mais genes de outro organismo, um vegetal pode se tornar resistente a pragas ou mais nutritivo, por exemplo.
Em 2014, se completam duas décadas do desenvolvimento do primeiro produto alimentar geneticamente modificado no mundo – um tomate com maior durabilidade criado na Califórnia, Estados Unidos. Vinte anos depois, o mercado de transgênicos na agricultura é cada vez mais expressivo. A cada 100 hectares plantados com soja hoje no Planeta, 80 são de sementes com genes alterados. No caso do milho, são 30 para cada 100.
Nessas duas décadas, a área com culturas transgênicas subiu 100 vezes, de 1,7 milhões de hectares para 175,2 milhões. Os Estados Unidos lideram o plantio, seguidos pelo Brasil e Argentina.
No Brasil, foram plantados 40,3 milhões hectares com sementes de soja, milho e algodão transgênicos em 2013, com um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Hoje, das culturas cultivadas em nosso país com biotecnologia, 92% da soja é transgênica, 90% do milho e 47% do algodão também é geneticamente modificado.
Benefícios ambientais
O uso de técnicas de engenharia genética apresenta como principal benefício a diminuição dos impactos do homem sobre a natureza. As lavouras transgênicas, além de seguras para o meio ambiente, oferecem benefícios em relação às convencionais no que diz respeito à preservação do planeta.
Isso acontece porque as plantas transgênicas disponíveis no mercado diminuem a necessidade de aplicação de defensivos agrícolas para combater as pragas. Assim, também se gasta menos água na preparação dos agrodefensivos e menos combustíveis nos tratores e máquinas usados para aplicar esses produtos na lavoura. A engenharia genética torna algumas lavouras mais produtivas e, desta forma, contribui para reduzir a necessidade de plantio em novas áreas.
Transgenia: aliada da agricultura para enfrentar os desafios alimentares
As opções de aplicação dos organismos transgênicos são infinitas e podem cobrir as mais diversas áreas. Na agricultura sustentável, por exemplo, a biotecnologia permite produzir mais comida, com qualidade, a um custo menor e sem necessidade de aumentar a área de cultivo. Atualmente, os OGMs já estão contribuindo significativamente para sustentar o aumento da demanda de produtividade por hectare, que é a área de plantio utilizada pelo produtor. Como não restam muitas fronteiras agrícolas (terras novas para plantar), é necessário produzir mais em cada hectare plantado. Mas, além do aumento da produtividade, a biotecnologia pode trazer outros benefícios como plantas mais nutritivas ou com composição mais saudável.
Biotecnologia e biossegurança: unidas para garantir a segurança do consumidor brasileiro
Uma das questões que mais preocupa o consumidor no Brasil é em relação à segurança dos produtos geneticamente modificados.
Nesse sentido, é importante ressaltar que em 20 anos de uso em todo o mundo, pessoas de cerca de 50 países consumiram alimentos transgênicos em larga escala, sem nenhum registro de impacto negativo no meio ambiente ou na saúde humana e animal. Antes de chegar ao consumidor, todo transgênico é exaustivamente analisado por meio de rígidos testes laboratoriais e de campo.
Além disso, é fundamental que a sociedade brasileira saiba que o Brasil possui uma das leis de biossegurança mais rigorosas do mundo. A biossegurança engloba um conjunto de ações voltadas para a prevenção e minimização de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção e desenvolvimento tecnológico, visando à saúde do homem e dos animais, à preservação do meio ambiente e à qualidade dos resultados.
A Lei Brasileira 11.105/05, que regula as atividades com transgênicos e de Biotecnologia em geral, está entre as leis mais rigorosas do mundo. Essa legislação determina que, desde a sua descoberta até chegar a ser um produto comercial, um transgênico é obrigado a passar por muitos estudos, que levam aproximadamente 10 anos de pesquisa. Esses estudos buscam garantir a segurança alimentar e ambiental do produto final.
Somente depois de analisado e aprovado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é que o produto vai para o mercado. Ou seja, a produção de transgênicos é uma atividade legal e legítima, regida por legislação específica e pautada por rígidos critérios de biossegurança.
A CTNBio, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, envolve especialistas em várias áreas do conheci¬mento cientifico, que se reúnem mensalmente para analisar todas as propostas de pesquisas com o OGMs, em todas as áreas, não só na agricultura.
Esse grupo avalia cada produto geneticamente modificado, considerando possíveis impactos ao meio ambiente, à saúde humana e animal, e à agricultura. Ao final de todas as análises, a CTNBio emite um parecer conclusivo, liberando ou não o referido produto para a comercialização.
Mais de 120 instituições públicas e privadas já foram credenciadas junto ao órgão para desenvolver pesquisas com organismos geneticamente modificados. A Embrapa é uma dessas entidades.
FONTE: https://www.embrapa.br/tema-transgenicos/sobre-o-tema
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